Aviso básico ^^'

Geente, tô sem net ;/

Não sei quando vai voltar a ter lá em casa e a escola também está muito corrida, tô quase enlouquecendo ;O -qv
Por enquanto não vai dar pra ficar postando aqui, e não sei quando vou visitar denovo o ATLT ;/
Bem, aviso dado. Tenham um ótimo dia, ótimas semanas, sei lá x) e juízo, hein ? ;DD
Beeijão a todos, até a volta ;**

- CAPÍTULO DOIS -

Depois de muita demora e de muuitas revisões, eis o segundo capítulo ;DD
Espero que gostem, fiz com muita dedicação x) Comenta o que tá achando quando terminar de ler ;)
BeeijosDaLaiine e boa leitura a todos ;**

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Após ter aceitado o novo trabalho, falei com a mulher, que se chamava Denise LaMott para entender melhor a situação. Denise devia ter seus 45 anos, magra, cabelos ruivos e olhos verdes. Rosto simpático, mesmo que ainda inchado pelo choro. Usava um vestido floral, com muitas cores, do tipo que eu jamais usaria e o cabelo amarrado, mas deixando cair mechas ruivas em seu rosto.
Após acertarmos o pagamento, resolvemos que eu receberia $500 por dia e teria que viajar para International Falls, uma pequena cidade no condado de Koochiching no Norte dos EUA, onde ela morava. Fiz algumas perguntas, e descobri que seu filho se chamava Joham LaMott, um rapaz de 17 anos. Um adolescente normal que era muito alegre e querido por todos. Mas que nas últimas duas semanas algo o perturbava muito, e segundo Denise tirava-lhe o sono e o apetite. O que poderia assustar um garoto de 17 anos que era feliz e tinha uma vida estável ao ponto de tirar-lhe o sono? Fosse o que fosse eu estava ali para descobrir.
Ao sair da Security, fui recarregar as energias. Passei no McDonald’s e comprei uma Coca-Cola e um saco de fritas e segui para o carro. Ao chegar em casa, liguei para Phill para saber como faríamos o trabalho. Mas não foi bem assim.

O quê? Você não vai ser meu parceiro nesse caso? – Perguntei um tanto histérica.
- Não Licy, o chefe me deu outro trabalho aqui na cidade, não tenho como fazer dois trabalhos ao mesmo tempo, a não ser que tivesse um irmão gêmeo – Brincou.
- Então vou ter que fazer tudo sozinha. Bem, boa sorte para mim – Brinquei, sem vontade.
- Desculpe Licy, são as ordens do chefe – Falou, a contragosto.
- Não tem problema. Vou arrumar minhas coisas agora, sairei cedo amanhã. Até qualquer hora e boa sorte – Falei, fingindo um sorriso.
- Obrigado, boa sorte pra você também. Até a volta. Ah, e leve roupas de frio, lá é congelante.
- Obrigada pela dica, quase pensei em levar roupas de banho – Brinquei – Tchau.
- Com certeza não seria uma boa idéia – Sorriu e se despediu.

            Estava preocupada. Desde que comecei a trabalhar no ramo de investigações, sempre tive a ajuda de Phill. Era desconfortável pensar em fazer todo o trabalho sozinha. Mas logo aceitei isso. Já que não poderia fazer nada, encarei como um teste para minha inteligência. O chefe Peterson não acredita muito no meu potencial e eu sempre quis mostrar-lhe que sei me virar bem, mesmo sem ajuda. Pois bem, aqui estava minha chance.
            Para afugentar os pensamentos pessimistas que estavam começando a surgir, comecei a fazer pesquisas sobre o lugar onde ficaria por alguns dias. International Falls é mesmo o lugar mais frio dos EUA. Phill não estava brincando. Tem uma população de pouco mais de 6.150 habitantes e área de 16,5 km². De certa forma aquilo me animou. Cidades pequenas são lugares difíceis para esconder um crime. Parecia um bom lugar, fora a parte do frio, que eu particularmente detesto.
            Terminei minhas pesquisas às 2:30 da manhã e dormi como uma pedra assim que deitei. Acordei às 7:00, me arrumei e fui pegar o avião (pago por Denise) para International Falls. Dormi durante a viagem inteira e não fazia idéia quanto tempo o vôo durara, acordei  uns 15 minutos antes da aterrissagem, agradecida por ter dormido e não ter ficado enjoada pela viagem.
            Quando saí do avião, Denise estava me esperando com acenos e sorrisos – ou o que se poderia chamar um quase sorriso, para quem a pouco perdera o único filho. Ela pegara o avião logo depois de falar comigo ontem, pois tinha que trabalhar e não poderia ter mais que um dia de folga por semana. Estava usando um suéter de tricô branco e calça jeans. Fiquei admirada, pois eu achava que o frio estava bem mais forte do que aquelas roupas poderiam suportar.

- Srtª Pine! Estou aqui! – Gritou, acenando e indo ao meu encontro.
- Por favor, pode me chamar apenas de Alice – Eu disse, num tom impessoal.
- Tudo bem. Pode me chamar de Denise também – Falou, com um sorriso. – Como foi o vôo?
- Certo – Falei com o mesmo sorriso - Foi ótimo, dormi a viagem inteira – Dei uma risada.
- Que ótimo – Sorriu também – Vamos, meu carro está logo ali. Tomei a liberdade de lhe registrar no hotel da minha prima. Se importa?
- De forma alguma, até agradeço por me poupar tempo – Na verdade, tudo ali estava me deixando desconfortável, mas ser hóspede de alguém é muito pior que ficar num hotel sozinha. Teria um pouco mais de privacidade assim.
- Que bom. Comece a trabalhar quando estiver confortável, deve estar cansada hoje. Leve o tempo que quiser para se adaptar – Disse, com simpatia.
- Obrigada. Acho que não terei dificuldades para me adaptar, gostei daqui – Menti.

            Chegando ao Julliet’s Hotel, entrei num cubículo, onde se localizava a pequena recepção. Uma mulher de talvez 34 anos, de olhos castanho-claros e cabelos também castanhos, com um rosto jovial, me recebeu com um sorriso simpático. Na placa da bancada estava escrito Julliet Hale. Usava um vestido florido e chamativo, como o de Denise quando a conheci. Imaginei se essa seria a moda da cidade. Sorri da idéia.

- Sim? – Disse Julliet, com simpatia.
- Estou aqui para me instalar em um quarto, já fui registrada por Denise LaMott – Respondi, com meu sorriso cordial.
- Ah, sim – Respodeu e pegou uma chave na gaveta - Srtª Pine. Seja bem vinda ao Julliet’s Hotel. Siga-me e lhe mostrarei o lugar de sua estada.
- Obrigada – Respondi e a segui. Saimos do calor imaculado do aquecedor da recepção para o frio terrível do lado de fora.

            Vi que o lugar não era feito de quartos, e sim de cabines. A que entrei era composta por uma pequena cozinha, um lugar parecido com um mini-escritório, uma salinha, um quarto e um banheiro. Parecia confortável.

- Esta é a nossa melhor cabine. Espero que se sinta bem nela. Qualquer problema que tiver é só me chamar – Falou com um sorriso educado.
- Obrigada, ela é ótima – Falei, tentando ser agradável.

            Depois que ela saiu, comecei a organizar minhas roupas nas gavetas. Não levei mais de meia hora, afinal não tinha levado muitas coisas além de calças, blusas de inverno, jaquetas e moletons. Quando terminei, liguei meu notebook e procurei meu celular para ligar para o departamento e dar notícias. Mas descobri que onde eu estava não tinha rede para celular. Droga. Ligaria amanhã quando fosse à casa de Denise, lá deveria ter rede, por se localizar no centro da cidade.
            Peguei o notebook e comecei a fazer o cronograma do que deveria fazer em seguida. Meu primeiro passo lógico seria perguntar aos outros parentes e aos amigos de Joham sobre ele. Combinei que daria um relatório a cada três dias para Denise, começando por amanhã a tarde, e nesse tempo daria para falar com algumas pessoas. Depois procuraria por qualquer coisa que pudesse dar uma pista sobre sua morte ou suas preocupações. Parecia bem vago, mas era o começo óbvio. Quando terminei, percebi que estava congelando. O aquecedor pelo visto não estava funcionando, e por isso vesti várias roupas e me cobri com o grosso edredom de lã de carneiro. Dormi quase automaticamente.
            Acordei as 6:00, congelada pelo frio da madrugada. Meu nariz estava dormente e eu podia ver minha respiração. Estava começando a me perguntar o que eu estava fazendo ali. Tomei um banho demorado com água quente, me vesti correndo e me preparei para procurar por uma lanchonete para tomar café da manhã e aproveitei para conhecer a cidade. Abri a janela para sentir o ar fresco, mas fechei-a automaticamente. Estava nevando. Eliminada a idéia de fazer cooper ou qualquer outra coisa interessante naquela cidade, estava começando a ficar aborrecida, e a querer ir embora dali.

Comenta o que achou depois, tá ;DD

CAPÍTULO UM


A vida é uma grande história de suspense, pelo menos para mim. Nela, todos nós temos que lidar com situações complicadas, inacreditáveis ou até mesmo assustadoras, e na maioria das vezes estamos sozinhos nela, para complicar ainda mais esses momentos. Seria muito bom se pudéssemos ter um vislumbre do nosso futuro, mesmo que por alguns segundos apenas, para poder saber dos prejuízos que esses momentos e escolhas poderiam nos causar, e talvez ter um final diferente. Mas estamos presos no presente, podendo apenas contar com nossa própria sorte, que por acaso eu não tenho.


Meu nome é Alice Pine, tenho 24 anos e sou investigadora criminal da Security’s Agency, em Miami, Flórida. Tenho 1.60, olhos e cabelos castanho-escuros e tipo físico médio. Não sou casada e nem tenho filhos, gosto da solidão. Detesto ter que dividir a TV com alguém, ou que alguém esteja do meu lado na hora do café da manhã ou coisa assim. Talvez na psicologia existam definições para pessoas como eu.


Acordei cedo naquele dia, tinha muito trabalho para fazer e entregar para o departamento. Fui tomar café da manhã. Geralmente não tenho muitas coisas na cozinha, eu não fico muito tempo em casa. Sempre compro comida pronta nos restaurantes ou passo em um fast food e compro algo bem calórico, pra levantar o astral. E também, porque eu sou um total desastre na cozinha. Nunca tentei aprender muito, logo porque cozinhar certamente não seria meu hobby favorito.


Enquanto estava pensando para que restaurante ligar, a campainha tocou. Quando atendi a porta, Phillip Jackson entrou com uma sacola e me entregou um capuccino.

- Imaginei que estaria acordada essa hora, e resolvi trazer café para você. – Falou com o seu eterno sorriso no rosto.
- Obrigada. Estava pensando em fazer eu mesma algo para comer hoje – Menti.
- Não quero que minha parceira morra envenenada – E deu uma risada.
- Você salvou a minha vida, fico te devendo essa – Respondi, rindo também.


Phillip Jackson é o meu parceiro na Security’s e amigo pessoal. Nos entendemos muito bem, e por isso sempre resolvemos com uma certa eficiência os casos que nos mandam. Phill é o tipo de cara que você sente segurança quando ele está ao seu lado. Tem 27 anos e seus 1.80, vai à academia com frequência, expressão protetora e sempre simpática. Barba bem feita, olhos azuis e cabelo loiro. Deixa qualquer garota suspirando.


Após o café da manhã, peguei minha bolsa e saí junto com Phill para a Security’s. Ele queria que eu fosse em seu carro, mas eu adorava dirigir minha Mercedes prata, por isso recusei o convite. Quando cheguei ao departamento, vi uma mulher chorando inconsolavelmente e falando com o meu chefe, James Peterson. Fui ver o que estava acontecendo junto com Phill.

- Por favor senhor, eu preciso da sua ajuda. Ninguém mais pode me ajudar nisso se não algum detetive! – Choramingava a mulher, com a maquiagem borrada pelas lágrimas.
- Me desculpe, senhora, mas não há o que possamos fazer. O corpo é irreconhecível, sequer sabemos se ele é do seu filho mesmo. – Disse o chefe Peterson, com uma expressão triste nos olhos que eu jamais vira.


A mulher começou a chorar mais e Phill a levou para tomar um copo d’água e se acalmar mais. Eu estava triste por ela, e nem sabia o que estava acontecendo direito.

- Qual o problema, chefe? – Perguntei, tentando esconder minha tristeza pelo choro daquela mulher.
- Ela quer um detetive que possa entender o motivo da morte do filho dela, e saber o que estava acontecendo que o deixara tão preocupado nas suas últimas semanas de vida. Eu entendo a tristeza dela, ele era filho único, e ela também não tinha esposo, e agora está sozinha. Mas acredito que essa investigação não levaria a lugar nenhum, logo porque a polícia não encontrou nada além da carteira dele, que estava semi queimada no bolso da sua calça. Nenhum rastro, nenhuma pista. Nada.
- Que pena, agora entendo a dor dela.


Phill voltou com a mulher, agora mais contida, mas dando soluços de choro de vez em quando. Mas fazendo de tudo para parecer melhor. Ela tinha limpado o rosto e tirado a maquiagem borrada.

- Realmente não há forma alguma de vocês me ajudarem, detetive? – Ela perguntou, contendo as lágrimas.
- Infelizmente não, senhora. Ninguém nesse momento está dis... espere. Alice, você está em algum caso agora?
- Não, chefe – Respondi cautelosamente, e depois vi na expressão da mulher um lampejo de esperança que me fez ficar feliz e perder a cautela – Atualmente não estou trabalhando em nenhum.
- Você pode trabalhar nesse caso então, se você puder. – Com aquela expressão de “Você que sabe”.
    A mulher me olhou com um olhar quase implorador.
- Por favor, senhora, se não for você, ninguém mais vai me ajudar.


Pensei: como não estava com nenhum trabalho, e também estava comovida pelo problema daquela mulher que não sabia viver sozinha, e não teria paz enquanto não soubesse o que aconteceu com seu filho, não tive como recusar.

- Aceito esse trabalho, chefe. – Respondi com um sorriso.


Me sentia muito bem por estar ajudando aquela pobre moça. Essa com certeza seria a hora certa de ter um vislumbre do futuro e descobrir no que eu estava me metendo.

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